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Foto do escritorVerônica Marinho

O coração como pedra filosofal


Artista: Pedro Sansoldo


Quando iniciei efetivamente a Alquimia da Véro, comecei a ler o livro Alquimia e Tarô, de Robert Place. Logo de cara me impactei com a associação que o autor fez da carta dO Mundo com a pedra filosofal, em decorrência de uma imagem alquímica, com o coração no centro de uma coroa de espinhos com quatro quadrantes, cada um representando um elemento (ar, água, fogo, ar).


Fonte: Place (2016).


Não foi a associação com a carta dO Mundo, que nunca me chamou muita atenção, que me impactou. Foi o coração! Na hora que li e vi a imagem, meio que por inspiração divina, defini o lema da marca: "O coração como pedra filosofal". Veio de um lugar muito sincero e muito certo, por mais que eu ainda enxergue desdobramentos 3 anos depois - e sei que vou continuar expandindo até o fim da vida.


Pedra filosofal é a que transforma chumbo em ouro, que é capaz de realizar a transmutação máxima de qualquer substância. Como alquimia é uma linguagem simbólica, e não literal, pedra filosofal seria o instrumento capaz de transformar algo, levando a um estado mais elevado de consciência. Coração é o centro do corpo, um símbolo para a alma. Faz sentido que ele seja o responsável por me guiar no caminho evolutivo.


Assistindo uma aula de filosofia sobre budismo, se não me engano, aprendi que a gente escolhe o caminho pelo qual vai evoluir. Eu escolhi o coração, ou melhor, fui escolhida por ele. Não é o único caminho, longe disso, mas é o meu caminho.


Sempre fui muito racional, ou talvez só soubesse reconhecer esse meu lado. Mas a verdade é que sempre fui “exata demais pra ser de humanas e humana demais pra ser de exatas”, como bem me disse uma ex-aluna e atual amiga Giovanna Ronzé.


Posso racionalizar o que for, mas minha empolgação sempre me definiu, e definiu também meus caminhos. Hoje a enxergo como o grito do coração para avisar que estou no caminho certo. Foi o amor pela matemática, pela química, pelo meu ex por quinze anos, pela pesquisa acadêmica, pela aula em universidade que sempre me guiou... até que chegou na perfumaria natural e na espiritualidade.


Meu coração sempre escolheu por mim, eu que demorei a perceber isso.


Tem gente que não entende, e eu entendo quem não entende, já não entendi também. Ir contra expectativas alheias, contra o senso comum do mundo e da minha história... logo eu, que fui até o doutorado (em ciências!), largar tudo para trabalhar com o sutil que não tem necessariamente evidências científicas.


Mas faz sentido. E com o perdão do clichê, faz sentir.


A verdade é que eu tinha me tornado completamente infeliz, e apesar de não ter pagado pra ver, ou eu morria de doença ou de desgosto. Ou, muito provavelmente, de uma doença originada por desgosto.


Eu sei que a vida me ofereceu alguns privilégios a ponto de me permitir trocar de área. O melhor que posso fazer é melhorar a cada dia e levar a mensagem para outras pessoas. Não para que façam igual a mim, mas para que vejam que às vezes existe possibilidade além do que estamos acostumados, e que seguir o coração também é um caminho viável, mesmo num mundo que preza fortemente o racional.


Uma vida pode não ser suficiente para entender todos os simbolismos alquímicos, mas cá estou... tentando. E tendo cada vez mais certeza de quem sou. Meu caminho é pelo coração, e me sinto muito honrada por ter sido escolhida por ele.


Sua pedra filosofal pode ser diferente, não precisa ser o coração. Mas saiba que as plantas e suas alquimias podem ajudar no caminho de todos, sendo grandes catalisadoras de processos internos e externos. Digo que as plantas transformam a vida de quem se permite transformar. Se abra pras possibilidades.


Sejam bem-vindos a esse mundo!



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